Palmilha para perna curta?
Você sabe se tem uma perna mais curta que a outra? 😱
Muitas pessoas ficam surpresas quando pergunto no consultório se ela sabe que tem uma perna mais curta que a outra. A maioria das pessoas passa a vida toda sem saber que tem uma perna mais curta, apesar de lembrar que as barras das calças nunca ficam iguais, ou que as saias vão entortando conforme passa o dia.
A dismetria de membros inferiores, popularmente conhecida como perna curta, é extremamente comum, e pode ser derivada de vários fatores, como sequelas neuromuscular de poliomielite, mielomeningocele ou paralisia cerebral; traumas que prejudiquem o crescimento ósseo na infância ou adolescência; deformidades ósseas congênitas ou adquiridas, como artroses. Muitas pessoas passam a vida toda sem sintomas decorrentes de dismetria, o que dificulta os dados epidemiológicos sobre ela.
Diferenças entre 1 e 3cm de comprimento são consideradas leves; de 3 a 6 cm moderadas e acima de 6 cm são consideradas graves. Entretanto, alterações de apenas 1cm geram compensações à distância, que podem atrapalhar a biomecânica da marcha, resultando em desgastes articulares, desvios posturais ou estresse musculo-tendíneo. Estudos recentes sugerem que a dismetria pode estar relacionada ao aparecimento de fascites plantares, geralmente no pé da perna mais curta.
Como descobrir se tenho uma perna mais curta que a outra? 👀
Pode-se medir a perna com uma fita métrica, e existem algumas técnicas para isso, mas a forma mais confiável é através do exame de escanometria, onde faz-se basicamente um RX das pernas, com uma régua para medir o comprimento dos ossos.
Como tratar a dismetria?
Tudo depende da queixa e das alterações biomecânicas resultantes dessa diferença de comprimento. Muitas vezes o corpo se adapta de uma forma que não gera compensações graves ou dores recorrentes. E assim não precisamos corrigir a dismetria.
Em outros casos, se houver queixa de dor, alterações ou desvios posturais graves, ou limitações funcionais de tornozelos, pernas e quadril, devemos tratar essa dismetria com o uso de calços ou palmilhas compensatórias.
Estas palmilhas nem sempre nivelam toda a diferença da dismetria. Ela deve ser testada no paciente e acompanhada para ver o seu efeito no corpo a longo prazo.
Na clínica, prefiro sempre iniciar o uso de palmilhas compensatórias com calços baixos, e ir aumentando aos poucos para o corpo acostumar com a mudança.
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