Meu filho anda na ponta dos pés; e agora?
Quando a criança inicia a marcha, é comum ela explorar todas as possibilidades de uso dos pés, tanto pronando excessivamente (virando o calcanhar para dentro), quando ficando na ponta dos pés. Especialistas relatam que até os 2 anos este comportamento é normal, e o melhor a fazer é observar se a criança mantém a mobilidade dos tornozelos quando se agacha ou pega objetos no chão. Para isso, ela deve colocar os calcanhares no chão.
Após os 2 anos, é importante ficar atento se este comportamento se mantém, uma vez que a criança pode se fixar na ponta dos pés, o que diminui a base de apoio e mobilidade do pé, gerando desequilíbrios. Se este comportamento persistir acima dos 4 anos, a criança começará com queixas de dor e quedas frequentes.
O que fazer?
Primeiramente, devemos observar o quanto essa criança usa os pés: manter-se descalço em casa auxilia muito a ganhar força e mobilidade para as articulações, o que a criança faz explorando o solo naturalmente. Se observar que ela tem dificuldade para apoiar os calcanhares no chão, é hora de procurar um ortopedista especialista em pés para definir o diagnóstico.Algumas alterações neurológicas como Mielomeningocele, síndrome de Charcot-Marie e outras distrofias musculares podem levar a esse comportamento de marcha e devem ser acompanhadas por neurologista.
Se não houver diagnóstico de lesões neurais ou ortopédicas importantes, essa marcha na ponta dos pés é funcional, e pode ser corrigida com fisioterapia e uso de palmilhas sob medida para reposicionar o antepé e estimular o apoio do calcanhar. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais eficaz o tratamento.
Observe sempre como seu filho utiliza os pés para andar, correr, pular e agachar. E procure um especialista se perceber que os calcanhares não ficam no chão.
Comentários
Postar um comentário