Talvez você já tenha ouvido falar de pessoas que têm feridas nos pés que não saram . Ou de pessoas que amputam os dedos e depois os pés após anos de cuidados com essas feridas. Ou até mesmo ouvido comentário da manicure ou podóloga sobre pessoas com calos que não saram nunca .       Pois é; essas calosidades, feridas ou úlceras podem acontecer se a pessoa tiver NEUROPATIA PERIFÉRICA, ou seja: falta de sensibilidade e alteração do controlo motor de pés e pernas (e das mãos também, em muitos casos).         As doenças mais frequentes (no Brasil) que causam as neuropatias são DIABETES e HANSENÍASE, e os pacientes fazem calos, feridas e úlceras porque não sentem a força e pressão que estão fazendo para andar, além de não sentirem também a própria ferida ou calo que está lá e pode piorar, evoluindo para amputação.       Se você suspeita que não está sentindo bem a sola dos pés, procure um especialista...

 Muitos pacientes com queixa de dores lombares ou cervicais possuem maus hábitos de trabalho. Mesas muito altas, cadeiras muito baixas, tela do computador fora do alcance do olhar... Para cada postura inadequada no trabalho com o computador, uma parte do corpo sofre.  Para melhorar e prevenir problemas na coluna durante o trabalho, siga estas dicas:  1 - Saiba suas medidas! Não adianta comprar a cadeia mais cara do mundo, se ela for grande para você! A regra é simples: sente-se com os pés apoiados no chão e joelhos a 90o. Braços também devem manter os cotovelos a 90o e antebraços apoiados sobre a mesa, para não sobrecarregar os ombros.  2 - Olhe para frente! Se a tela for muito baixa, sua coluna cervical ficará em estresse de flexão o tempo todo, cansando a musculatura. Mantenha o olhar para o horizonte: o topo da sua tela  deve estar alinhado com o seu olhar.  3 - Faça pausas regulares! O ideal seriam 10 minutos de pausa para cada 60 minutos trabalhados, m...

 A Diabetes pode causar inúmeras alterações no corpo, mas os pés merecem bastante atenção;  O pé diabético perde a mobilidade e a sensibilidade protetora e a hidratação da pele, podendo se machucar com facilidade, sem que o paciente sinta o ferimento.     As alterações sanguíneas pioram a cicatrização e feridas podem se transformar em úlceras e evoluir para amputação dos dedos ou dos pés. Essas amputações podem reduzir a expectativa de vida do paciente com diabetes em 5 anos.   A prevenção ocorre com calçados e palmilhas adequadas, exercícios e fisioterapia para melhora da mobilidade e equilíbrio, além de cuidados especiais de higiene, como uso de meias (sempre de algodão e brancas), corte reto das unhas, hidratação adequada, limpeza constante entre os dedos, e exame regular à procura de pontos de pressão ou calosidades que podem evoluir para as úlceras. 

     Este tipo de neuroma plantar é mais comum em mulheres ou atletas de alto rendimento, e causa dor e formigamento próximo aos dedos dos pés, chegando em alguns casos a dar sensação de "choque" ao caminhar.       Ele pode aparecer devido ao uso de calçados inadequados, pisada inadequada ou outras patologias associadas, como artrose e artrite.       Calçados de bicos muito finos ou uso de salto alto frequentemente podem comprimir a região onde é formado o neuroma (entre as cabeças dos metatarsos), facilitando o aparecimento da lesão.         Atividades físicas intensas com impacto no antepé também podem levar ao neuroma.       O tratamento pode incluir fisioterapia, uso de palmilhas sob medida e cirurgia.                     Para manter a saúde do seu antepé, prefira calçados que respeitem a largura dos dedos. Não deixe eles comprimi...

Fascite, ou fasceíte plantar, é uma inflamação da fáscia plantar , uma estrutura de ligamentos e tendões que recobrem a planta dos pés desde o calcanhar até a base dos dedos. Os sintomas incluem dor em pontada bem localizada, geralmente próximo ao calcanhar ou no centro do pé , após esforço ou logo cedo ao levantar da cama, nos primeiros passos.  É uma lesão muito comum em atletas, mas pode acometer qualquer pessoa; estima-se que aproximadamente 10% da população entre 40 e 60 anos apresenta fascite, mas tenho observado um público cada vez mais jovem no consultório, devido à moda das corridas e dos tênis que corrigem a pisada. Não tenho nada contra estes tênis, muito pelo contrário: a tecnologia envolvida para o desenvolvimento deles é fantástica, e bem prescritos são ótimos aliados do atleta. Mas há o perigo da compra indiscriminada destes calçados, que podem machucar pés, joelhos, quadril e até coluna. Mas isso é assunto para outra postagem.        Voltemos à f...

Você sabe se tem uma perna mais curta que a outra? 😱  Muitas pessoas ficam surpresas quando pergunto no consultório se ela sabe que tem uma perna mais curta que a outra. A maioria das pessoas passa a vida toda sem saber que tem uma perna mais curta, apesar de lembrar que as barras das calças nunca ficam iguais, ou que as saias vão entortando conforme passa o dia.  A dismetria de membros inferiores , popularmente conhecida como perna curta, é extremamente comum, e pode ser derivada de vários fatores , como sequelas neuromuscular de poliomielite, mielomeningocele ou paralisia cerebral; traumas que prejudiquem o crescimento ósseo na infância ou adolescência; deformidades ósseas congênitas ou adquiridas, como artroses. Muitas pessoas passam a vida toda sem sintomas decorrentes de dismetria, o que dificulta os dados epidemiológicos sobre ela.  Diferenças entre 1 e 3cm de comprimento são consideradas leves; de 3 a 6 cm moderadas e acima de 6 cm são consideradas graves. Entret...

 Quando a criança inicia a marcha, é comum ela explorar todas as possibilidades de uso dos pés, tanto pronando excessivamente (virando o calcanhar para dentro), quando ficando na ponta dos pés. Especialistas relatam que até os 2 anos este comportamento é normal, e o melhor a fazer é observar se a criança mantém a mobilidade dos tornozelos quando se agacha ou pega objetos no chão. Para isso, ela deve colocar os calcanhares no chão.   Após os 2 anos, é importante ficar atento se este comportamento se mantém, uma vez que a criança pode se fixar na ponta dos pés, o que diminui a base de apoio e mobilidade do pé, gerando desequilíbrios. Se este comportamento persistir acima dos 4 anos, a criança começará com queixas de dor e quedas frequentes.  O que fazer?  Primeiramente, devemos observar o quanto essa criança usa os pés: manter-se descalço em casa auxilia muito a ganhar força e mobilidade para as articulações, o que a criança faz explorando o solo naturalmente. Se ...